Da série ‘Rapidinhas’: Jurassic Park

15 fev

Dinossaiu

Assistindo Jurassic Park na TV, plena cena do T-Rex comendo o   sujeito no banheiro, pensei – será que ela não vai ficar com medo, impressionada? – e perguntei:

BBlu, o que é isso?

BBlu: É o dinossaiu.

BBlu: E você está com medo?

BBlu       : Não…eu como ele no café da manhã.

Ahhhhh tá, desculpa ai!

Quem tem medo do Lobo Mau?

15 fev

A Malu certeza que não.

Depois que começou na escola, e lá roda tem de história quase todo dia, a Malu foi apresentada para os grandes clássicos.  E como vários bons clássicos tem o Lobo Mau como personagem ativo, passou a conhecê-lo e comentá-lo.

Dai que comecei a reparar também que ela nunca se referiu ao Lobo Mau com o temor que ele pretende gerar nos contos, mas sim com um ar destemido, na exata posiçãodo caçador.  E ela caça o Lobo Mau.  Por toda a casa ela vê o lobo Mau, conversa com ele, dá altas sapatadas na orelha dele, expulsa do quarto, da sala, da cozinha, do banheiro.  O Lobo Mau das histórias de Maria Luisa é um pobre coitado.  Não mete medo em ninguém.

Da série Rapidinhas: Descontraindo o domingo

2 out

BBlu sai com o pai para levar o irmão de volta a casa dele – cenas das famílias modernas.

Mãezinhaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!

Oi filha, já chegou?!!!`

Oi mãezinha!  Eu fui cum papai guaidá o Paulinho!

(Praticamente abriu o gurada-roupas e pendurou o irmão)

***

Patza barulhão na cozinha, tudo despencando.  Corri…

Chegando lá vem o Pablo: uma barata, tava matando a barata!

Affff…..que susto!  Até distendi a verilha no pulo!  Achei que a geladeira tinha caído em cima da BBlu.

Susto tomei eu que a barata correu em cima do meu pé.  Peraí que eu vou pegar ela lá, é enorme!!!!

Sai foraaaaaaaa, não quero nem ver (e corri de volta pro quarto) arghhhhhhhhhhh

BBlu: Mãezinha, qui qui foi?!!! (Me olhando com a maior cara de Bolacha Maria, como quem diz, por que você está no meio de uma crise de pelanca, pode-se saber?)

Eu: nada filha.  O papai que matou um bicho!

BBlu: qui bisso, mãezinha? A Boboletinha?

Eu: Não, BBlu.  Uma barata…enorme…

BBlu: (me olhando com uma cara de “dãããããã…e é por isso o ataque de pelanca?..”) I ela comi a zenti???

Não BBlu…não come não…

Interrompemos nossa programação para…

15 abr

Interrompemos nossa programação para trazer historinhas fresquinhas do fronte.

DA CANETINHA E DO PÃO DE QUEIJO

Pensa na pessoa que acorda as 06 da manhã toma banho, faz escova no cabelo em 17m36s, maquia, veste, separa o uniforme da criança, acorda a criança, veste a cr…EPA, EPA,EPA!!!!!!!!!!

A visão periférica da pessoa capta um roxo gritando no dedo da criança, tipo ‘prensei meu dedo na porta’ e, já a beira do infarto fulminante, olha a mão da criança e descobre que ontem, antes de dormir, depois do banho, papai deixou bebê pintar todas as unhas das mãozinhas de canetinha roxxxxaaaaaaaa…e a pessoa olha então os pezinhos da criança e constata que papai também deixou a criança pintar as unhas de canetinhaaaaaa rrrroooosssssaaaaaa…
Bom, põe meia e tênis no pé…mas e a mão?  Bora no banheiro lavar essas mãos.  A essa hora a gente já devia estar na porta da escola…
Lava, esfrega, exfolia as mãozinhas da criança.  Nada…Sem alternativa.  Tentemos a acetona.  Então a pessoa tem tanto cuidado para usar a acetona na criança que tira boa parte do esmalte das próprias unhas e quase nada da canetinha da mão da filha…dá-lhe sabonete por cima, pra tirar os vestígios de acetona das mãos da menina e vamos assim mesmo. 
 
Agora pensa na cara da mãe que reclama na escola que estão entregando a criança para o pai sem lavar o rostinho dela, que por sua vez estava voltando pra casa sempre sujinho e entrega a criança pixada logo cedo na escola.  Depois a pessoa é quem será a víbora malvada, quando,  descompensada pelo ódio profundo no coração, arremessar alguns simples objetos decorativos na direção do papai da criança.
 
Põe a criança no carro, abre o portão, abre o outro portão,  tira o carro da garagem, fecha um portão, fecha o outro portão, e seguimos rumo a padaria.
 
Sim, sim.  A padaria.
 
Eis que ontem cheguei em casa as 09 da noite e a criança já estava dormindo – por isso não vi que a Malu estava toda trabalhada na canetinha – e abri a agenda da escola para ver como ela passou o dia, e se havia algum recado.  Não é mesmo que havia?!
 
Aí você pensa na pessoa que pega um convite na agenda da filha, no dia 14 às 10 da noite para a festinha de Páscoa que ia se realizar no dia 15.  E não é que a filha ficou responsável por levar o pão de queijo?
 
Sai a mãe e vai atrás do pão de queijo na última hora, já que a escola só descobriu que ia fazer uma festinha de Páscoa na véspera da mesma.  A essa hora, eu já tinha que estar no trabalho…
 
Padaria 1: Moço, o senhor tem pão de queijo?  Ã…é…hummm…é que…tá no forno.  Tem esse aqui moça. 
Esse aqui entenda por um pão de queijo marrom de tão assado, esturricado, duro mesmo, tipo pedaço de pau, daqueles ótimos para você manter no carro e atirar no veículo do digníssimo sujeito que te fechou lá na esquina de tras?
 
Põe a criança no carro de novo, choraminguenta.  Ela queria o pão de queijo.  Afinal, toda vez que vai na Padaria ela ganha um pão de queijo.  E lá está a mãe tentando explicar pra criança de 2 anos que não tem pão de queijo justo hoje na padaria e que nós vamos em outra padaria procurar.
 
Padaria 2: Tá aqui o pão de queijo moça.  Vinte reais…………………
 
Vai a doida da mãe pela rua, com o diabo no corpo, toda trabalhada na vingança, pedindo a Deus pra encontrar a Coordenadora ou a Dona ou a Assistente da escola e já descascar a dita cuja de modo que ela entenda definitivamente que PRAZO é bom e eu gosto.  Ao mesmo tempo,  o anjinho que ainda habita minha pessoa pedia a Deus que não encontrasse ninguém, caso contrário o que você estaria lendo aqui seria o relato de como se deram as negociações de rescisão de um contrato de prestação de serviços que já está quitado até o final do ano. 
 
Não porque seja a terceira vez que isso acontece em dois meses.  Bobagem, né?!  Afinal, qual o problema de você receber o convite pra sua filha ir a um passeio e ter que decidir de um dia para o outro, sem metade das informações necessárias, se vai ou não permitir e pagar, porque o prazo de confirmação é de um dia. 
E qual o problema de você ficar esperando a eternidade pela fornecedora de uniforme que bateu o carro, atrasou as entregas, atrasou a nova produção e os pedidos, e receber na quinta-feira uma comunicação com a lista de preços e pedido para responder impreterivelmente até a sexta-feira, ou seja, no dia seguinte.  E nisso você chega em casa tarde, vê o papel e nem repara no prazo e pensa: no final de semana eu vejo isso.  E no final de semana já acabou o prazo!  Que lindo! 
 
Pensa na pessoa que reclamou pela agenda, expondo suas razões pouco importantes tais como ter tempo para pensar, decidir e (quanta mesquinharia!) fazer sua programação financeira e verificar como pode fazer para dispor do dinheiro.  Imagina que a pessoa foi extremamente educada e tentou mostrar o tamanho do absurdo que é a escola não ter nenhuma programação.  E pensa também na pessoa passando por isso a terceira vez e se perguntando e perguntando pela agenda: será que ninguém mais reclama?  Sou a única chata? Disparado sou a mãe que vai ganhar o troféu Pentelhete do Ano (and The Oscar goes to…)
 
Pensou?
 
Yes, I´m.

***

Moral da história 1: quando papai tiver alguma coisa a reclamar com a escola terá de fazê-lo ele mesmo, de modo que mamãe não pague mais um King Kong quando papai resolver externar seus dotes artísticos bastante duvidosos.

Moral da história 2: estou total e oficialmente embuída, envolvida e determinada a fazer com que a escola da Malu passe a adotar prazos mais razoáveis. Minha meta é conseguir essa mudança de processo até o final de 2011.

Agora…

afffffff…………………..

Pensa na pessoa que chega em casa na sexta a noite, depois de uma manhã – EXCELENTE – regada a canetinha, acetona, pão de queijo, conflitos interiores, cansada, estrupiada, exaurida, surrada e surtada no meio do caos de uma revisão de Business Plan da CIA com estudos, brainstorm, espinhas de peixe, métodos, 5W e 2H, PDCAs………. e lê a resposta da professora dizendo que só não me avisou com antescedência da festa de Páscoa porque a Malu faltou na aula na quarta-feira…

Deixa ver se desenhnado eu entendi… Pensa: 2 dias = antescedência = prazo?????!!!!  (OI?????)

*** agradecimentos e crédito para a querida amiga lá do trabalho pela inspiração “PENSA NA PESSOA”!!!!

Da série ‘Mãe trabalhadora: CAP. II – Os causos…

2 mar

Daí que eu estava participando de um processo de seleção bem na semana que meu pai faleceu.  Já estava na reta final.  Enterramos ele na terça, e na quinta tive a última entrevista.  O gestor da área tinha gostado de mim – inclusive na apresentação do case da 2ª etapa de seleção, quando concluí, ele olhou pra mim e disse: “Perfeito! É isso!”. 

Mas acontece que eu estava respondendo uma sabatina na 3ª etapa com este mesmo gestor, para em seguida conversar com o Diretor e eis que neste meio tempo passam pela sala-aquário na qual eu estava esse diretor e a Gerente de Marketing (com a qual eu não ia trabalhar, diga-se de passagem).  No ato eu já entendi que ia dar tudo errado: a moçoila me mediu dos pés a cabeça e me olhou com tamanho ranço que eu só pude imaginar que estava cagada, #certeza.  A entrevista não foi melhor que isso…

Então, dois dias depois de perder meu pai, eu me sujeito a uma entrevista, e sou eliminada porque uma MANÉ não foi com a minha cara, antes mesmo de ouvir a minha voz… #depressao. 

E nesse dia eu blasfemei mesmo.  Xinguei Deus e todo mundo lá da turma dele.  Porque não precisava ter me acontecido mais essa. #ninguemmerece #sacanagem

***

Fui chamada em seleções que não me candidatei e não tinha nenhum perfil com o simples intuito de fazer número. Tive que desenvolver projetos para apresentar durante fases de seleção, como se já estivesse trabalhando, incluindo criar estratégias que podem ser usadas depois do processo de seleção, mesmo que não seja eu a contratada. Vai provar como depois, que a idéia foi sua?… Fui submetida a dinâmicas de grupo sem prévio aviso. 

Fui convocada…essa é uma das piores…a participar de uma espécie de concurso para uma conhecida e famosa entidade que trabalha na orientação de micro e pequenas empresas.  Depois de fazer prova fui convocada para uma fase de apresentação de documentos e uma dinâmica de grupo (que tinha outro nome pra não dar na cara), e eis que durante as apresentações entendi o lance: mais da metade dos candidatos que estavam naquela sala já trabalhavam ou trabalharam na dita entidade, exceto eu e mais uns 2 ou 3. Não preciso dizer que TODOS os aprovados para as entrevistas finais estavam dentre estes colaboradores e ex-colaboradores, inclusive alguns que nem o curso superior específico possuíam…(sim, eu anotei o nome de cada um e algumas informações de histórico durante estas apresentações, quando notei que vários lá já estavam ‘dentro’ da empresa, justamente para saber quem foi ou não aprovado depois).

Passei por entrevistas para as quais fui convocada sem nem ter acessos detalhes da oportunidade.  E quando da entrevista o que acabava acontecendo era uma grande #pegadinhadomalandro, porque o entrevistador parecia mesmo era só estar procurando defeitos.  É claro que uma hora encontra algum.

Testes psicológicos!  Afffffffff………….  Conversei com vários psicólogos que são unânimes: estes testes psicológicos não têm praticamente nenhuma validade, uma vez que nenhum deles consegue atingir mais que 60% de assertividade.  Na melhor das hipóteses.   Detalhe…depois que você responde uns dois ou três fica craque em manipular as respostas, caso queira.

***

Passei por outros processos, e #fato: ninguém quer uma mãe recente.   Que nojo que eu fiquei do modo cretino como outras mulheres – e muitas delas MÃES – rejeitam outras mulheres e mães, pelo simples fato de serem mães.  Tudo muito velado e polido, certamente, porque isso dá direito à indenização (entre outras coisas) se devidamente comprovado na justiça.  Mas é real. 

Cheguei em uma ocasião, a tratar diretamente do tema com um recrutador (homem).  Ele me ligou pra sondar as primeiras informações sobre uma oportunidade e durante nossa conversa confessou que ele não concordava com isso, afinal era pai e a esposa dele mantinha carreira e filhos com tranqüilidade, MAS, o cliente dele havia sido muito taxativo: NÃO ACEITAVA CANDIDATAS COM FILHOS PEQUENOS.  

Fico irada com isso, porque mãe, por natureza, é um ser muito mais responsável, afinal, não pode se dar ao luxo de ficar desempregada, pois tem que pagar escola, babá, roupa dos filhos, plano de saúde, medicamento, vacina, enfim…cada uma tem uma realidade financeira mas uma coisa em comum: alguém que depende de nós e por conseqüência, não nos cabe mais nenhuma inconseqüência.

Ele abriu o jogo comigo, um pouco envergonhado, mas por estar de mãos atadas.  Pelo menos foi mais honesto e também me poupou o trabalho de ir até a consultoria para entrevista e ser dispensada lá.

 E aí entra um outro problema destes profissionais de RH: ninguém dá feedback.  Raríssimos os e-mails de agradecimento pela participação que eu recebi me dispensando do processo (menos de 10%).  Informar uma razão, então, para a dispensa, NEM PENSAR.  De modo que fica difícil tentar melhorar o que quer que seja, se você não sabe exatamente a razão pela qual não foi cogitado para prosseguir na seleção.

***

TO BE CONTINUED…

Da série ‘Mãe trabalhadora’: CAP. I – O começo do fim e Dicas!

25 fev

Tenho acompanhado diversas mães da blogsfera tratando sobre Mães X Mercado de trabalho.  Relatando casos e tudo que ocorre a partir do momento que engravidaram, tanto nas questões pessoais (e filosóficas!) quanto no olhar do mercado pra estas ‘novas’ profissionais.  Vou contar aqui pra vocês o que se passou comigo, nessa longa jornada de quase 3 anos, desde que eu fiquei grávida.  Por isso vai ser uma série!  Espero que ajude quem está nesta fase e conforte quem já passou por ela ou pretende passar (#sucursaldoinferno).

 Sintam-se a vontade pra contar das experiências de vocês!  Mas uma coisa é #fato: se eu quisesse mudar de carreira, poderia optar por RH, porque agora estou expert em procurar emprego e em todas as tomatadas desta busca! Precisando, disponha!

***

Pouco depois da Malu nascer, eu, uma mera seguidora de blogs maternos, tive a honra de ter um desabafo meu publicado no blog de uma amigona (aqui).  Eu estava com a bebê pequena em casa, e não sabia ainda se voltaria a trabalhar.  Não porque pretendesse deixar de trabalhar, mas porque durante minha licença muita coisa mudou na empresa, a diretora que me contratou saiu e o projeto do qual eu fazia parte – assim como outros profissionais – foi extinto. 

Foi um período de extrema ansiedade: eu não queria voltar.  Minha gravidez nesta empresa foi bastante tumultuada por uma série de razões, mas em resumo rolou bullying, e eu fui ao fundo do poço, chegando até a me desacreditar como profissional e desistir de continuar minha carreira, além de me sentir a pior das criaturas. 

Tipo no filme ‘Tropa de Elite’, quando o Capitão Nascimento embolacha o sujeitinho e intima “pede pra sair”.  Então…visualizou?  Eu era o sujeitinho!  Não tinha clima.

Mas como qualquer mulher que cresceu acreditando e apostando na sua vida profissional, na sua independência, eu também não queria me render e pedir pra sair.  Então esperei até os 47 do segundo tempo, quando eles me deram a carta de alforria.

Em primeiro momento eu não queria nem pensar em voltar a trabalhar.  Me convenci absurdamente de que eu não tinha capacidade e que não servia pra nada.  Olhava minha filha tão pequena e indefesa e sentia culpa por tê-la colocado no mundo, culpa por ser fraca, culpa por ser inútil, culpa por existir…

Ao mesmo tempo sentia uma necessidade existencial de ficar perto da Malu, de cuidar dela e de acompanhar cada passo destes primeiros meses de vida.  Como eu li em um blog esses dias, tinha pavor de deixar a Malu com qualquer pessoa que não fosse eu! (Eu não consegui localizar o post, então mãe blogueira que escreveu isso em seu blog ou alguém que tenha lido e saiba me dizer onde, me passa o blog que eu ponho o link e o crédito com o maior carinho!)

Depois, começou uma longa fase de desespero.  Embora o dinheiro recebido na rescisão ainda demorasse um pouco a acabar, eu, a rainha da ansiedade, já me via na rua da amargura, com a criança no colo, sozinha, sem teto, desempregada pela eternidade.  A isso se somava o fato de simplesmente não aparecer uma entrevista de emprego, nada vezes nada.  Eu, que nunca ficara em casa mais que três meses para me recolocar, não era convidada nem para entrevista.  Isso foi bem na época da famosa marolinha do Lula.  E a tal marolinha me pegou no pulo…e eu tomei o maior caldo.

As poucas vagas anunciadas pediam perfis tão específicos que você só conseguiria atender se trabalhasse no concorrente.  E ai me perguntava: se é assim tão específico, porque $%#@@ eles simplesmente não listam os profissionais que atuam na concorrência, ligam de um em um e fazem uma proposta?! (dããããããã!!!!!!)

 Na minha cabeça isso não cabe, porque profissional de marketing é por natureza generalista, e TEM que saber transitar por qualquer segmento.  Pode se especializar? Pode.  Pode ter preferência por algum segmento? Pode.  Eu mesma sempre atuei muito próximo do varejo, mas isso não me desabilita a atuar em B2B, por exemplo (eu tenho até curso específico de B2B).  Eu creio que o que me faz uma boa profissional é ter dinamismo suficiente para transitar com tranqüilidade.  Pior ainda.  Não é porque eu não trabalhei com produtos congelados , por exemplo,  e trabalhei com bebidas, dentro do mesmo tipo de varejo, que eu não tenha condições de desenvolver estratégias neste segmento de produtos.  P$%#@! Eu conheço o varejo!

No segundo semestre de 2010 as coisas começaram a dar algum sinal de vida.  Algumas entrevistas começaram a pintar depois de eu ter feito uma mega reformulação na apresentação do meu CV, seguindo mil e uma recomendações e modelos que garimpei na net.  TOTAL #trabalhodeformiga. 

Nesta época uma coisa ficou bastante clara: a incompetência da média dos recrutadores que estão hoje no mercado.  Eles não são capazes sequer de realizar uma triagem de CVs.  Então, colocam ‘filtros’ nos perfis de modo a captar apenas CVs de pessoas que já foram ‘pré’ aprovadas no mercado, o que significa pessoas que os RHs dos concorrentes já selecionaram para o mesmo trabalho anteriormente.  Deste modo torna-se mais ‘segura’ a decisão, pois este recrutador só trabalha com candidatos que alguém mais capaz já escolheu antes.

 Além disso, você te que ter um CV construído de forma que responda exatamente aos requisitos solicitados: (e aí segue algumas dicas!!! Vixxxxiiiiiii….)

  • Nem mais nem menos – ápice da customização;
  • De leitura extremamente rápida – seu poder de síntese tem que ser fantástico;
  • Não pode exceder duas páginas – três apenas para profissionais muito experientes já na casa dos 40, 50 anos. 
  • Apresentar um resumo das suas qualificações, em tópicos, que demonstrem ação e responsabilidade e condensem todo seu expertise de modo extremamente atrativo e vendedor em no máximo três linhas por tópico, não excedendo 10 tópicos;  (AFFFFFFFEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!  Nem redação de vestibular é tão específico assim!)
  • Tem que ter inglês e espanhol fluentes;
  • Vivência internacional;
  • MBA ou outra especialização e ter uma constância na realização de cursos diversos (mas relacionados à área, porque você tem que ter hobbies, mas não pode listar eventuais cursos que tenha feito relacionados a atividades extra-profissionais);
  • Dominar informática;
  • Ter tempo de casa nas empresas anteriores;
  • Não estar desempregado há mais de 3 meses;
  • Morar perto;
  • Ter carro disponível para o trabalho,  com menos de 5 anos e com seguro;
  • Ter disponibilidade para viagens e total de horário; (patzzzz…eu tinha ouvido falar numa tal de LEI ÁUREA…)
  • Ser impecável em relação à sua participação nas Redes Sociais – incluindo ter recomendações de outros profissionais;
  • Nenhum tipo de pendência financeira tipo SPC ou Serasa; (Questão MAIS que abordada na net: se você está desempregada a muito tempo, pode acabar tendo problemas para quitar suas contas, mesmo as básicas.  De outro lado, como você paga contas se não tem emprego????) 
  • NÃO TER FILHOS nem pretender isso (por isso, mães, não coloquem esta informação no CV em um primeiro momento.  Deixem para informar, quando questionadas, durante a entrevista, só assim você pode dar sorte do selecionador gostar de você e relevar essa ‘gafe’ imperdoável na sua ficha criminal, sua bandida miserável perversa!!!!!)  e
  • aceitar uma posição de Gestor por uma remuneração de 2 ou 3 mil reais ao mês. [Não ri não. C-A-N-S-E-I de ver anúncio de vaga GERENTE DE MARKETING: responsável pela empresa toda, pelo marketing, área comercial, trade marketing,   eventos, RP, Assessoria de Imprensa (não quer dar a mãe pra eu cuidar também????!!!!!!), etc, etc, etc…e taus….Remuneração: R$ 2.000,00. (oi?) Benefícios: VR.  Disponibilidade integral….AFINAL, você trabalha por filantropia, e ideais mais nobres…ABAIXO O VIL METAL!!!!!!!]
  • Entre outras…

Enfim…o caos… #ninguemmerece

***

TO BE CONTINUED…

Amal

18 fev

Eu assumo…abandonei meu bloguinho nestes últimos dois meses.

Mas não foi por descaso não.  Me culpei cada dia por não conseguir postar esse tempo todo.   Assunto sempre tem, e vários.  Alguns dias confesso, faltou mesmo foi inspiração.  Andei meio desmontada no final do ano, com saudade de quem não está mais aqui e dos tempos que não voltam mais, e preferi ficar um pouco de molho, me dar um tempinho.

Mas não foi só isso.  Também teve coisa legal. 

Nestes dois meses minhas entrevistas de emprego quadruplicaram, e eu quase não parei em casa, correndo durante todas as semanas, me preparando e participando de vários processos (e respondendo uma porrada de vezes as meeeeessssssmaaaaasssssss perguntas) #exausta.  E com isso também se multiplicaram os assuntos para blogar! 

Começando que me tornei expert no assunto de ser uma mãe em busca de trabalho.  Passando pelas mais diversificadas formas como o mercado trata os profissionais, terminando, ou melhor, recomeçando com os preparativos e o tão esperado primeiro dia do novo emprego.  Que ainda não aconteceu, mas já tem dia e hora marcados, e com isso, consegui parar de correr, para então respirar e blogar.

2010 foi sem dúvida nenhuma o ano mais triste e mais difícil de toda a minha vida.  Mas ao longo dele, embora tenha me revoltado muitas vezes, o que mais ouvi foi que Deus nos tira algo das mãos para que tenhamos elas preparadas e livres para receber algo melhor.  Sob certos aspectos, com certeza não há como isso ocorrer.  Mas sobre o que é possível, o tempo me provou que sim.  Então 2011 começa pra mim com uma imensa sensação de novo tempo, e uma nova esperança que insiste em me acompanhar, com a diferença que agora eu quero ela ao meu lado, sempre.

Feliz Ano Novo, e que 2011 seja para cada um de vocês um ano de saúde, conquistas e muita felicidade.  Mas se por acaso faltar alguma coisa, espero que tenham fé e esperança.  Mas se ainda assim não tiverem, espero que os tempos difíceis passem logo e que tenham pelo menos um ombro amigo, e que tenham paciência pra esperar tudo melhorar.

Foi isso que meu pai tentou me dizer tantas vezes nos últimos tempos em que estivemos juntos.  E por isso vou encerra por hoje, com dois trechos que ele me escreveu.  Um dele mesmo, e outro emprestado do Renato Russo.  AMAL!!!!

“… Esperança em árabe é Amal.

É uma palavra que parece fazer parte de mim. Não sei bem por que.

Talvez seja porque sonho muito.

Mandei inscrevê-la no túmulo do meu pai. Lá está escrito: Esperança. Na esperança de talvez mantê-lo sempre perto de mim, ao alcance do meu pensamento ou de voltar para ele algum dia.

Na verdade, acho que é porque sou egoísta.

É isso! Sou um egoísta esperançoso.

Quero perpetuar aqueles a quem amo, por um momento ou por todo o tempo. Não sei.

A única coisa que sei é ter esperança.

Assim espero…”

 (E eu também!)

“Mas é claro que o sol

Vai voltar amanhã

Mais uma vez, eu sei

Escuridão já vi pior

Doidecer gente sã

Espera que o sol já vem

Tem gente que está do mesmo lado que você

Mas deveria estar do lado de lá

Tem gente que machuca os outros

Tem gente que não sabe amar

Veja nossa vida como está

Mas eu sei que um dia a gente aprende

Se você quiser alguém em quem confiar

Confie em si mesmo

Quem acredita sempre alcança

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã

Mais uma vez eu sei

Escuridão já vi pior

Doidecer gente sã

Espere que o sol já vem

Nunca deixe que lhe digam

Que não vale a pena

Acreditar no sonho que se tem

Ou que seus planos nunca vão dar certo

Ou que você nunca vai ser alguém”

Tem gente que machuca os outros

Tem gente que não sabe amar

Mas eu sei que um dia a gente aprende

Se voce quizer alguém em quem confiar

Confie em si mesmo

Quem acredita sempre alcança”

Da importância da palavra na formação do caráter

17 dez

Coisa tão difícil hoje em dia é a palavra.
Nos mais diversos níveis, nas mais variadas traduções a palavra é algo que se preza muito, mas que nos dias em que vivemos tem é muito pouco valor. E o pior…todo mundo quer a sua palavra, mas oferecer a própria, verdadeiramente, é artigo de luxo.
Empenha-se a palavra como coisa qualquer. Promete-se o que de antemão já se sabe não poder cumprir. Falta sempre a transparência, honestidade e (minha opinião) o respeito.

Daí que pelas mais diversas razões eu tenho me debatido muito com este tema há algum tempo. A tal ponto que começo a ter muita raiva de ter que confiar nas pessoas, sabendo que muito provavelmente o que foi dito é apenas poeira no vento. #horrível
E com isso comecei a tentar olhar essa questão da palavra pela ótica de uma criança pequena. E me questionei sobre a importância da palavra na formação do caráter.

É certo que as crianças pequenas como a Malu não tem esses conceitos claramente definidos na mente, mas sem dúvida alguma tem a intuição destes conceitos, inclusive porque se espelham em nós, e, portanto, o que dizemos e fazemos é parte fundamental na construção desses conceitos e desta forma, na construção do caráter.

Venho tentando ter o máximo de cuidado com tudo o que digo ou prometo à Malu. Na esperança de sempre manter o que foi dito (#complicado). De modo que ela saiba cegamente que, no que vier de mim, ela pode confiar. E de modo que ela entenda que independente do que lhe disserem pela vida afora, é importante dizer a verdade.

Entendo que as vezes as circunstâncias da vida nos jogam em situações que não permitem se cumprir ao pé da letra o compromisso. Nem por isso apagam nossa intenção de ter cumprido. Mas também entendo que para essas ocasiões existe a palavra desculpa. E desta forma, que eu consiga ensinar a ela o peso da palavra e o peso da desculpa e que nem uma, nem a outra sejam demasiadamente utilizadas, a ponto de que se perca nesse vai e vem de situações o que é mais importante de tudo – a confiança. Em seu mais amplo sentido, desde um simples e inocente ‘te ligo mais tarde’ até ‘você pode contar comigo sempre’.
Quero que ela entenda não somente a importância destes conceitos, mas que na construção do seu caráter isso seja um sólido pilar, um valor de referência.

Imagine uma situação corriqueira, um dia de chuva. Malu me pede sempre pra passear. E eu lhe digo – apenas para que não chore – que quando a chuva acabar iremos passear. Mas daí a chuva passa e eu não a levo. E ela me questiona, e eu dou qualquer outra palavra.
Como é que poderei querer – a médio-longo prazo – quando lhe disser qualquer outra coisa, até mesmo um ‘filha, no final de semana te levo pra dar o passeio’, que ela de fato acredite? Como poderei querer que – a médio-longo prazo – quando ela me disser ‘mãe, te ligo logo mais’, que ela realmente ligue?
Como poderei querer que quando adulta minha filha entenda e saiba o peso da palavra, da desculpa, da confiança, se já no berço ela não sentir a importância de cada uma destas coisas?

A verdade é que em qualquer situação dessas, a palavra dada gerou expectativa. E com ela ansiedade, despertou sonhos. Já é muito ruim que isso seja decepcionado – o que as vezes vai acontecer mesmo – #inevitável.
Triste mesmo é que esta palavra tenha sido dada apenas como desculpa de algo que já se sabia, não ia acontecer. Ai é maldade. E não convém esconder a covardia atrás da maldade…também não convém deturpar os conceitos de palavra e desculpa, nem confundi-los (#nadahaver).

Por isso vamos ao dicionário, porque sempre é bom relembrar conceitos e refletir sobre eles e o uso que fazemos deles em nossas vidas (para os verbetes completos, siga os links nas palavras):

Palavra: s.f. Vocábulo provido de significação. // (…) De palavra, que cumpre o que promete: pessoa de palavra. // Só ter uma palavra, ater-se ao compromisso. // Medir (ou pesar) as palavras, tomar cuidado no que diz. // (…)

Caráter: s.m. Conjunto de qualidades (boas ou más) que distinguem (uma pessoa, um povo); traço distintivo: o caráter do povo brasileiro. / Gênio, índole, humor, temperamento. / Formação moral, honestidade: homem de caráter. / (…)

Desculpa: s.f. Ação de desculpar ou de se desculpar. / Razão ou motivo para atenuar ou eximir da culpa; justificativa. / Escusa; pretexto. / Indulgência, perdão.

Confiança: s.f. Esperança firme em alguém, em alguma coisa: ter confiança no futuro. / Sentimento de segurança, de certeza, tranqüilidade, sossego daquele que confia na probidade de alguém: (…)

Covardia :s.f. Falta de coragem; (…)

Coragem:s.f. Força ou energia moral que leva a afrontar os perigos; valor; destemor, (…)

Maldade:s.f. Qualidade daquele ou daquilo que é mau. / Atitude ou ação de quem faz o mal. / Ruindade, perversidade, crueldade.

Exemplo: s.m. Tudo o que pode ser imitado: dar bom exemplo aos filhos; exemplos perniciosos. / Fato de que se tira ensinamento ou proveito. / Modelo: (…)

APOIO AO ‘PROTESTO EM FAVOR DAS MÃES BLOGUEIRAS’

8 dez

Quando uma grande amiga ficou grávida e criou um blog pra contar um pouquinho dessa imensa felicidade e plenitude, dessa realização pessoal, ABSOLUTAMENTE TODAS as pessoas que acompanhavam as novidades sentiam-se felizes e prestigiadas em poder participar de momento tão especial.

Coisas que só a internet faz por você: encurtar distâncias, trazer pra dentro de casa alguém que está do outro lado do mundo ou que você não vê a muuuuuiiito tempo, mas que continua sendo especial na sua vida. E com o tempo, quem sabe, trazer o que até não se esperava: novas e verdadeiras amizades.

De lá pra cá me enfronhei na blogsfera, conheci muitos outros blogs de mães e pais, com diversificadas propostas, e até criei o meu próprio. Mas o que pude constatar é que em todos eles o sentimento comum é o AMOR. Amor incondicional pelos filhos e pela sublime e maravilhosa oportunidade de se mãe (e pai).
Triste me deparar novamente com uma crítica tão mal feita. (aqui) E ainda pior, publicado em um veículo tido por idôneo, da forma como está, SUPERFICIAL, observando e valorizando algo que não tem nada haver com a proposta.

É tão evidente a necessidade da jornalista em “cavar” a notícia que para conseguir a adesão de uma mãe blogueira (aqui) para entrevistar e aparentemente dar ao lado criticado uma oportunidade de se pronunciar, utilizou de argumentação mentirosa mudando o enfoque da matéria para torná-la atraente.  E para fechar este cenário infeliz relacionando o que me parecem trechos de opiniões de especialistas. 

Em suma, reduzindo o empenho e interesse de tantas mães e pais em dividir suas angústias, compartilhar suas experiências, apoiar e pedir apoio em seus medos e expectativas relativos a tema tão importante, a uma mera e infeliz exposição de crianças, como eles chamam ‘baby-brother’.

Não.  Definitivamente não é isso.  E quero deixar aqui registrada minha indignação.

Seria cômico se não fosse trágico: não vejo por aí jornalistas empenhados em pesquisar e criticar o quanto as mães são preteridas pelo mercado de trabalho por serem mães, quantas outras sofrem com o assédio moral durante ou depois da gravidez, quantas crianças crescem longe de suas mães que precisam trabalhar 24 horas por dia para  – como bem me disse uma Mulher e Mãe recentemente – levar o pão pra casa.  Não vejo nenhum especialista criticando o comportamento de quem não respeita o atendimento preferencial das gestantes e mães com crianças de colo (e também dos idosos, portadores de deficiência, etc).  Acho que isso não vende…mas como redes sociais estão em voga e mães (e pais) blogueiras estão com tudo na rede, mira e manda bala! 

Além de apoiar o protesto do Mulher e Mãe (aqui), quero propor que gravemos bem o nome desta e de outros jornalistas de #ZEROCREDIBILIDADE, de modo que em outras ocasiões, outras mães e pais não sejam enganados por pessoas desse tipo: sem profissionalismo e desprovidos de ética.  Medíocres pra falar o português claro.

Se alguém aqui estivesse ridicularizando as crianças, expondo sua intimidade, promovendo o bullying contra os próprios filhos (oi????!!!!!!!!), estas mesmas mães que hoje estão indignadas com a matéria (se é que pode receber este nome) e apoiando a Giovana mãe do Lucca, seriam as primeiras a malhar e detonar quem estivesse aqui na rede praticando essa indecência.

Para ter alguma credibilidade em sua teoria, eu creio que a dita jornalista deveria – NO MÍNIMO – ter se aprofundado muito no tema: pesquisado os blogs, quantificado, comparado as propostas com conteúdos, encontrado exemplos práticos para submeter à avaliação dos especialistas, publicado a opinião de ambos os lados com integridade.  Daí sim teríamos uma crítica minimamente fundamentada para debater se o que estamos fazendo aqui é prejudicial e tão negativo assim e quiçá, mudar os rumos.

Quando contamos aqui na rede coisas que nos acontecem e a nossos filhos, estamos dividindo com nossas famílias e amigos – mesmo os virtuais – um pouco de nós.  Levando para uma sociedade tremendamente hipócrita um pouco das nossas verdades, das coisas que ninguém diz.  Trazendo um alívio pra alguns, uma lembrança bacana pra outros, fazendo um diário mesmo das nossas vidas, de quem somos e do que desejamos ser, recebendo apoio, críticas, conselhos… 

E lá na frente, quando crescidos e providos da crítica para isso, nossos hoje pequenos vão poder com propriedade nos questionar se acharem pertinente.  Mas sobretudo terão um relato público do mundo que sonhamos para cada um deles e do quanto nos empenhamos para que fossem felizes, pessoas plenas e realizadas. No mínimo terão a imensa certeza de que tentamos.

Me orgulho de ser MULHER, MÃE, DA MINHA MARIA LUISA, razão da minha vida, e de todas as MULHERES e MÃES da rede, blogueiras, twiteiras, facebookers, … com quem me relaciono e as que ainda vou conhecer.  E pra Giovana mãe do Lucca meu carinho e admiração.

Toc, Toc 2 – Pequenas manias

3 dez

Escrevi logo no começo do blog um post sobre o TOC. Muita gente se identificou (a maioria absoluta), mas teve gente que achou ruim (uma). Até me esculhambou (a mesma). Mas a verdade é que todo mundo tem alguma mania. Passa a ser problema quando começa a incomodar e atrapalhar você, e o pior, quem vive a sua volta. Aí sim virou TOC propriamente dito.

Conversando com a minha amiga Carô outro dia, descobrimos que o TOC dela tem tudo haver com o trabalho: ela se formou originalmente em Turismo e trabalhou quase 10 anos em uma grande rede de hotéis. Começou lá na recepção e foi subindo. E enquanto subia ganhou um TOC. O fato é que a cama da Carô tem que estar impecável. Incluindo quando as pessoas estão dormindo nela (oi?!!). Tipo cama  de foto de Caras!

Olha Thiago…eu ainda não te conheço, mas sou #supersolidária. #Noway dormir com a vira do lençol perfeitamente dobrada sobre o edredom e não poder soltar a ponta da coberta que está presa no pé da cama (affffffff!!!!!). Já expliquei amplamente para a Carô que não rola: eu mesma adoro cobrir a orelha pra dormir, e edredom preso no pé da cama é coisa de envelopado. Afinal a coberta foi feita pra enrolar a gente e não a cama. Aqui em casa mesmo já é uma encrenca. O Pablo dormindo é o protótipo do folgado-espaçoso. Deita por cima do que tiver do lado, isso inclui eu mesma, a Malu e que dirá do edredom. E acordar no própria cama-de-gato no meio da madrugada não é o que se pode chamar exatamente de boa noite de sono. (Carolina entendeu?).

A minha prima Laila confessou aqui mesmo no blog que organiza toda a louça pra lavar – pratos, copos, talheres, panelas, tampas…affffff, além é claro de acumular a mania da organização na visualização dos e-mails como eu.

Minha tia Nazha contou em um comentário que acredita ter sido bruxa em outra vida. O TOC dela é varrer, varrer, varrer…tudo, todo o tempo. (Tipo jingle do Jânio impregnado na mente “varre, varre, vassouinha”…vixi!!!!!)

Minha mãe confessou arrumar o varal não somente por peças, como as peças por cor. (Ainda não atingi este nível organizacional varalzístico)

Mas se você pensa que só nós os #burrosvelhos maniqueiros fazemos destas coisas, está enganado. Os pequenos também têm das suas.

A Laurinha da arruma tudo. Onde tem bagunça tá a Laura fiscalizando.
Até quando vem aqui em casa – e a Malu é tremendamente desordeira – ela arruma, arruma, arruma!!!! E vem a Malu atrás bagunçando, bagunçando, bagunçando, só pa provocar. Como bem definiu a Lê em um comentário posts atrás, ela é autenticamente terrível.

A Malu também: sua nova alcunha é “mãozinha”. Minha tia comprou para a Alice e para a Malu aveltalzinho e guache. Pegou mesa, banquinhos, papel e deu tudo na mão das terroristas. (#sucursaldoinferno).  O avental da Alice já tinha sido usado, estava todo decorado. O da Malu terminou como começou: banquíssimo.
Passamos guache na mão das meninas para começar a brincadeira.
Alice saiu carimbando até o cachorro.
Malu parou, olhou, mexeu os dedos, olhou pra mim…peguei sua mão, coloquei no papel “olha filha, que legaaaaaaallllllll”…olhou de novo a mão, o papel…olhou pra mim…”a mão, a mão, a mão” (traduzinho: Limpa minha mão, limpa minha mão, limpa minha mão!!!!!!!!)…
Não contente com as mãos limpas, olhou a Alice com guache até no cabelo, e começou a fechar com as pontas dos dedinhos os potinhos de tinta e devolver pra nós…até então eu achava que ela não brincava de massinha porque tinha nojo da textura…concluí que é praticamente um TOCquinho mesmo. Definitivamente ela não é fã de Omo #sesujarfazbem.
Fica aí o convite para as mamis – vamos socializar: quais as manias dos seus pequenos?!